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A tecnologia avançando no sistema eleitoral dos países em democracia

“Eleições pelo Mundo” a democracia no mundo e a diversidade de processos eleitorais que existem. Um raio-x sobre o sistema de votação na Europa, na África e nas Américas do sul do Norte e central, Ásia e Oceania.

Você já parou para pensar em como são as eleições em outros países. O sistema eleitoral é uma das decisões institucionais mais importantes, que dão às cidadãs e aos cidadãos o poder de expressar a sua vontade e ajudam a construir ou consolidar democracias sustentáveis. As Eleições continuam a ser a forma mais convincente e eficaz de as pessoas participarem na governação e de se fazerem ouvir. 

Modelos de sistemas eleitorais no mundo

Cada país tem uma cultura diferente, com uma série de fatores que conduz a diferentes sistemas de votação. Por exemplo, na Argentina costumam votar nos candidatos e candidatas preferidas nas Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias, conhecidas por PASO, criadas em 2009, com a intenção de fazer uma espécie de funil para a eleição principal. A partir das PASO ficam na disputa apenas os mais votados de cada partido.

Os cidadãos e cidadãs escolhem mediante a uma votação quais representarão definitivamente os partidos. Estes candidatos e candidatas devem conseguir 1,5% da intenção de votos, caso não consiga, ficarão de fora. A votação do PASO é obrigatória para os maiores de 18 e menores de 70 anos.

Por outro lado, o mesmo processo que ocorre na Argentina também existe no Uruguai, uma votação primária. Além disso, tem uma lei de cotas que define um número mínimo de mulheres que cada partido deve apresentar como candidatas em suas listas (30%). Ao contrário de outros países como Uruguai e Colômbia, o presidente não pode ser reeleito de forma sucessiva, e só pode voltar depois de um período fora do poder Executivo.

Por ser obrigatório o voto a maiores de 18 anos no caso de não votar, o eleitor ou a eleitora precisa justificar seu voto e apresentar uma razão para não comparecer no dia da votação, ou pagar a multa correspondente, como no Brasil.

No Chile o voto é facultativo e por cédula de papel, no Chile não tem uma espécie de título de eleitor brasileiro, usam o documento único de identificação que é identidade. Eleito pelo povo a cada 4 anos, não pode governar por períodos consecutivos, não existe o cargo de vice-presidente da república desde 1833. Assim como o Brasil, o país é presidencialista, governado por uma ou um presidente da república. 

No caso dos Estados Unidos as eleições para presidente são muito diferentes das que ocorrem no Brasil, o eleitor vota no candidato, mas nem sempre quem recebe mais votos vence. Porque existe o colégio eleitoral (e um grupo formado por 538 delegados e delegadas que oficializa a escolha do presidente).

Os colombianos que vivem no exterior só podem votar nas eleições de decisão nacional, como para presidente ou para o Congresso, mas não participam de decisão local. Já os estrangeiros e as estrangeiras que vivem na Colômbia podem votar nas eleições municipais e distritais ordinárias.

Na América do Sul o voto é obrigatório no Brasil, no Uruguai, na Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru e Equador, na América do Norte a obrigatoriedade e no México, na América Central e obrigatório em Honduras, Panamá e Costa Rica, na Europa e obrigatório na França apenas para o senado, em Luxemburgo, Suíça somente no cartão de choque causem Einstein, na África República Democrática do Congo o gabão e o Egito que também possui uma parte do território no continente asiático. 

Curiosidades de eleições pelo mundo 

  • Na gâmbia na África ocidental as eleições são uma espécie de uns tambores e fotos dos candidatos e as pessoas depositam umas bolinhas. Os tambores têm um som quando cai as bolinhas de gude para evitar que a pessoa vote, mas de uma vez, eles contam essas bolinhas de gude ao final das eleições.
  • Moçambique na África usa uma espécie de tinta no dedo, que dura dias para não ter o risco que o eleitor vote outra vez.
  • No Equador as filas de eleições separam por gênero, para evitar qualquer tipo de pressão. Movimento exigido pelas feministas.
  • Na índia a urna não pode estar a mais de 2 km do eleitor.
  • Em México as urnas são colocadas na garagem de eleitores, com uma autorização do poder público.

Tecnologia no eleitorado 

Os maiores processos eleitorais do mundo estão na Índia, Estados Unidos, Indonésia e Brasil. Entre 25 a 30 países tem uma justiça eleitoral esterifica e divulga os resultados no mesmo dia da eleição, sendo que maioria de forma provisória. 

Em Estados Unidos, o processo eleitoral demora dois meses até o resultado oficial ser conhecido pelos eleitores. Da mesma forma, a índia é conhecida como uma das maiores eleições do planeta, que a espera costuma ser longa para o resultado. 

São necessárias sete fases de votação para só então as urnas serem abertas e mais 1 mês e meio para saber quem venceu. Cenários bem diferentes dos brasileiros em que a urna eletrônica permite saber o resultado horas depois da votação.

No Brasil a votação é feita somente por urnas eletrônicas, já na Austrália por cédulas de papel, e nos Estados Unidos existem as opções de voto impresso e eletrônico.

Cada vez mais a democracia se adaptar a esse processo de modernização, em Estônia a votação online e usada por 44% dos votantes desde 2005 qualquer eleitoral, o eleitor estoniano pode votar por celular, tablet, o computador quantas vezes desejar durante um período pré-estabelecido, apenas o último voto será contabilizado. 

Lembrando que o voto pela internet acessível para todos os eleitores existe até agora somente em Estônia, país na Europa que está avançando cada dia mais em tecnologia de identificação pessoal.

A urna eletrônica é segura? 

A urna eletrônica é o dispositivo usado atualmente para o voto nas eleições, presente principalmente no Brasil desde 1996, para que as eleições passassem a ser totalmente informatizadas. O sistema eleitoral do Brasil é considerado um dos mais eficientes e modernos do mundo, garantindo ser um sistema eleitoral de segurança reforçada para não ocorrerem fraudes nas eleições. 

Além do Brasil, outros 21 países e territórios usam ao menos parcialmente urnas eletrônicas nas eleições, são eles:

A tecnologia avançando no sistema eleitoral dos países em democracia
Divulgação

Para uso do dispositivo foi criado um sistema operacional próprio, sua versão é designada por Linux, e a urna utiliza também um software desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o registro dos votos. 

É um aparelho sem conexão à internet, com isso garante qualquer tipo de invasão no sistema implementado, igualmente a justiça eleitoral elabora testes públicos, feitos pelos eleitores, candidatos, coligações, Ministério Público e pela OAB para certificar seu sistema de segurança todos os anos. 

Os dispositivos de voto eletrônico passaram por diversos processos de evolução no hardware e software para proporcionar mais segurança e garantir o direito democrático da população. Atualmente possui memória RAM de 4 GB DDR3L, uma fonte inteligente, e a CPU apresenta perímetro criptográfico. Ademais conta com um terminal do mesário, que agora é sensível ao toque e conta com leitor biométrico HID DP 5360.

Através da assinatura digital na urna eletrônica, não é possível modificar os dados de arquivos e mídia que registram os votos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como o boletim de urna e o registro das operações feitas pelo software.

Desde 2008, o sistema biométrico de identificação do eleitor passou a ser exigido pela justiça eleitoral no Brasil, providenciando gradativamente o recadastramento da digital de mais de 119 milhões de eleitores brasileiros, representando mais um avanço na garantia da segurança do voto no Brasil.

A empresa A Positivo irá fornecer um empréstimo até 176 mil urnas eletrônicas ao TSE, que serão usadas nas eleições de 2024. Implementando um investimento no sistema operacional do dispositivo, para assegurar a seguridade dos eleitores.

FONTE: https://www.omelhortrato.com/

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